Art Medeiros (1957-1991)
A Colecção Bernardo regozija-se de possuir uma das mais significativas peças deste luso-canadiano tão pouco conhecido entre nós.
Após a sua morte prematura, foram encontradas dezenas de pequenos filmes no Commodore Amiga do seu ateliê de S. Francisco, entre os quais este Stop Dave. Tidos por muitos como meros “divertimentos” ou “futilidades engraçadas” (Ruddo Pabst, in Explanation on Non-art,, Ed. Gutter, 1994) e cunhados de “Gagjets” (contracção das palavras “Gag” e “Gadjet”), foram por outros considerados como mensagens de significado político, social ou mesmo sexual.
Alguns vêem em Stop Dave um fundo anti-belicista onde a súplica da máquina (Hal) perante a “bala” acentua o paradoxo da desumanização do Homem. Bernstein e Portman questionam se Dave não será o rei David – isto é, o estado de Israel – num poderoso statement pró-palestiniano (Párem o Dave! i.e., párem Israel!) Mais provável parece a hipótese de William Lothar segundo a qual Dave é o ex-companheiro de Medeiros, David Indiana, de quem se separaria ainda em 1990. Neste caso a obra deveria escrever-se Stop, Dave (com uma vírgula entre as duas palavras). Nenhum especialista atribuiu significado especial à utilização da lisboetissima Rua Augusta...
Para mais informações sobre este artista, ver Ruddo Pabst, Ecclectic Leisure (edição do autor) 1996.
Stop Dave – Art Medeiros – Video - circa 1990
terça-feira, março 13, 2007
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4 comentários:
está GENIAL
O Hal não gostou de ver as balas dirigirem-se a sul. Denota-se assim a tendencia racista e snob/nortenha desta maquina!!!!
Eu concordo absolutamente...os curadores da colecção Bernardo são de qualidade só comparável à arte que curam!
O artista colocou esta nobre rua nos aneis de Saturno. Sabia o que estava a fazer. A bala não acerta no frontão da rua augusta. A bala obedece, no momento certo, à voz. É boa a conotação anti-belicista, em cenário Lisboeta. O robot manda a bala obedece. A vida continua, obrigado
MUITCHO LOUCO...ALTAMENTE...
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